Aconteceu na noite desta sexta-feira (05), no Auditório “Aurora Araújo Franzotti”, o lançamento do livro “CARMINDA – A GAROTA QUE DERROTOU A LEPRA”, do autor Adilson Vilaça.
Entre os convidados de honra estavam o Exmo. Sr. Prefeito Elias Dal’Col, Exmo. Vice-prefeito Rogério Paulino, vereador Greidismar (representando a Câmara Municipal), Capitão Coimbra Secretária de Educação Valdete Leonídio, chefe da Cultura Valdeci Souza, e Gilmar Cruz representando os amigos do Escritor. Estiveram presentes também famílias de tradição ecoporanguenses e amantes da leitura.
Segundo a Sinopse do livro, “O romance “Carminda” – a garota que derrotou a lepra é inspirado numa história real. A protagonista “Carminda” Miragaya descende de emigrantes que partiram da Galícia Espanhola e viajaram desde Portugal para o Brasil. A família Miragaya e outros viajantes galegos internaram-se no estado de Minas Gerais ainda no século XIX. Quando seus descendentes haviam já superado a condição de forasteiros, a doença de Maruxa Miragaya desencadeou a fuga da família para rincões brasileiros inexplorados. A busca de refúgio nos sertões era orientada pela tentativa de livrar a matriarca da apreensão e do confinamento compulsório e perpétuo nas colônias de leprosos.
“Carminda”, que era criada pela avó Maruxa, viveu o tormento da desarticulação da família e o drama de sua reinstalação em território contestado na divisa entre os estados de Minas Gerais e do Espírito Santo. Os pais de “Carminda” morreram em sua tenra infância: o pai assassinado, a mãe fulminada no mesmo dia por crise de arritmia cardíaca. Após a morte da avó, “Carminda” descobriria que era igualmente portadora de lepra. A enfermidade levou-a a ser internada em colônia de segregação no Espírito Santo e no Rio de Janeiro e ameaçou-a de não gerar descendência. Mas a protagonista jamais se rendeu à doença, ao confinamento e ao estigma que por séculos e séculos atormentou as vítimas da hanseníase.”
De acordo com o Site Tertúlia Capixaba, que divulga sobre livros e autores do Espírito Santo: “Adilson Vilaça de Freitas é mineiro de Conselheiro Pena, MG, onde nasceu em 1956. Ainda criança, sua família mudou-se para o município de Ecoporanga, no norte do Espírito Santo, onde Adilson Vilaça passou o resto da infância e boa parte da juventude. É desse tempo que o autor traz as recordações das histórias contadas pela avó Maria Raimunda e às quais atribui seu interesse pela narrativa.Adilson Vilaça é, além de escritor, jornalista e professor. Atualmente, reside em Vitória. Sua atividade de escritor tomou impulso quando recebeu, no início da década de oitenta, o primeiro lugar no Concurso Literário Permanente do Espírito Santo na categoria conto. Um dos integrantes do júri, o escritor João Antônio, impressionado com o talento do autor, incentivou-o a adentrar o caminho da ficção. Em 1983 Adilson Vilaça recebeu o Prêmio Geraldo Costa Alves por A possível fuga de Ana dos Arcos, publicado em 1984. Em 1987 surgiu com Espiridião e outras criaturas. Outros livros: Purpurina e outras desfolias, contos, 1992 e Trapos, novela, 1992; Albergue dos querubins, romance, 1996; Sob as dunas, romance, A derradeira folia, contos e A mulher que falava pássaros, novela, todos de 1996, foram lançados numa única noite; O lugar das conchas, romance, 1997; Cotaxé, romance, 1999 e A ceia dos querubins, romance, de 2000. Além disso, publicou um folhetim eletrônico e escreveu o roteiro para o filme Cotaxé. Detém o Prêmio Almeida Cousin, do Instituto Histórico e Geográfico do Espírito Santo, pelo conjunto de sua obra. Teve sua obra analisada pelo professor Francisco Aurélio Ribeiro no livro A árvore das palavras, volume quarto da Coleção Roberto Almada, publicado pela Secretaria de Cultura de Vitória.”
Os presentes registraram sua assinatura em um banner com a mesma ilustração da capa do livro.